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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ESTILOS DO BONSAI

            BUNJIN: Este estilo objetiva representar a antiga caligrafia chinesa. Parece ser o único estilo que não tem uma representação na Natureza. O ponto central deste estilo está no tronco e em suas curvas. Os galhos estão limitados à parte final da árvore, delicados e sugestivos. O aspecto saudável das folhagens mostrará uma árvore bem cuidada. A palavra “Literati, é derivada da elite intelectual da antiga aristocracia chinesa”. A criação deste estilo permite a liberdade de expressão do artista, mas, é indicada apenas para os bonsaístas que já adquiriram o domínio de todos os outros estilos.

            CHOKKAN: Um tronco ereto, vertical, é basicamente o estilo CHOKKAN. Os galhos devem ser arranjados alternadamente um de cada lado com o terceiro sempre para a parte posterior da árvore. Os galhos irão diminuindo de tamanho a medida que ficam mais altos. É aceita uma pequena inclinação. Árvores mais velhas poderão ter os galhos rebaixados, enfatizando a idade da árvore que mostra sentir o peso dos anos que passaram.

                 FUKINAGASHI: Embora se perceba neste estilo um dos mais naturais apresenta também, por assim dizer, um efeito, dramático. A árvore foi açoitada pelo vento durante muito tempo e seus galhos e mesmo seu tronco acompanham a direção do vento. Não existem regras para o desenho do tronco ou dos galhos e, por isto mesmo, esta liberdade faz com que seja difícil apresentar um trabalho harmonioso e agradável.Na imagem abaixo, percebe-se o movimento do vento, contínuo. Estas condições são observadas facilmente no alto das montanhas ou nas regiões litorâneas.

            KENGAI: O Kengai tem as mesmas características do Han-Kengai. O estilo cascata é muito popular na China. Entretanto as cascatas japonesas tem a aparência mais suave comparada com as dramáticas cascatas chinesas. A regra que não pode ser quebrada, neste estilo, é a de que o ponto mais baixo da árvore tem que estar abaixo da base do vaso.

            HAN KENGAI: Este estilo, Han-Kengai, é facilmente encontrado em precipícios montanhosos ou precipícios a beira-mar. Simboliza árvores que se agarram a uma face de precipício onde elas são castigadas pela neve e vento. O estilo cascata é muito popular na China. A regra que não ser quebrada é a de que o ponto mais baixo da árvore deve estar abaixo da borda do vaso mas, acima do fundo do vaso.

            HOKIDACHI: Todos os galhos se iniciam a partir de um tronco vertical sendo subdivididos até seus pontos extremos. Considerado um dos estilos mais belos é também um dos mais delicados no arranjo da fina rede de pequenos galhos que se mostram no período do Inverno. Para este estilo as árvores decíduas (Caducas) são as mais adequadas por terem, naturalmente, estas características.

            MOYOGUI: Esta é uma variação do estilo acima mas com a vantagem de ser muito mais fácil de desenvolver. A estrutura dos galhos deve seguir as mesmas condições comentadas acima mas o tronco fará algumas curvas. Os galhos devem sair da parte externa das curvas. O visual ficará mais harmônico se o ápice fizer uma pequena inclinação para frente, assim como uma reverência ao observador.

            NEAGARI: É muito comum vermos em nosso País, nos mangues ou em beira de rios este estilo mostrado em toda a sua beleza. O solapamento das margens dos rios e mangues, pelas águas, vai expondo as raízes criando o Estilo raiz exposta. Quanto mais velhas estiverem as raízes, quanto mais dramático for o desenho da árvore, mais expressão se consegue no resultado deste estilo.

            SHAKAN: Shakan é outra variação do estilo CHOKKAN, com a diferença de que não é vertical e o tronco poderá ter algumas curvaturas, ou seja, não é necessário ser reto. É importante observar que as raízes devem ter mais força no lado contrário da queda da árvore. Isto mostrará que a árvore se adequou para sustentar-se. O nebari, que é o ponto de encontro do tronco com o solo, é bastante significativo neste caso. Observe a figura acima. Este estilo ocorre com frequência na Natureza.

            SOKAN - Tronco duplo. No estilo Sokan as raízes (o nebari) são as mesmas para os dois troncos diferentemente do que acontece no Estilo SOJU, onde as raízes de cada árvore são independentes. É um dos lindos estilos observados pela comparação que pode ser feita de dois parceiros trabalhando juntos. Um casal, a mãe e o filho. Dentro do estilo Sokan, as árvores poderão ter as características dos outros estilos como Moyogi, Shakan, etc.

            SEKIJOJU: Raiz abraçada à rocha. Este estilo é verificado em beira de rios e locais aonde as rochas vão sendo desgastadas e deixando as raízes expostas que vão se desenvolvendo sobre as mesmas. É importante neste estilo que as raízes estejam bastante firmes na rocha e de forma natural. A árvore por si pode ter qualquer estilo, embora fique menos agradável o Estilo Vassoura (Hokidashi) e o Ereto formal (Chokkan).

            YOSE-UE: Este estilo pode conter a partir de 3 árvores. É importante observar que um bosque ou floresta com mais de 7 árvores dará mais veracidade ao estilo. A observação do número ímpar favorece a harmonia do conjunto. Para quantidades acima de 21 esta característica (Ímpar) torna-se desnecessária. É importante a colocação das árvores de maneira que se evidencie a profundidade e perspectiva. Olhando-se de frente não se deve deixar que um tronco se interponha a outro.


            PENJING: paisagem em uma bandeja. A idéia é capturar os detalhes de uma paisagem e reproduzi-las em miniatura.

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